
Ao retomar da primeira viagem, Paulo deparou com um problema sério no meio dos judeus cristãos. Ele havia descoberto a fórmula da transculturação, ou seja, evangelizar os gentios sem os judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja, os judaizantes, queriam que esses novos crentes seguissem o modo deles. Essa discussão deu origem ao Concílio de Jerusalém, o tema de nossa lição de hoje.
I – O QUE É UM CONCÍLIO:
1. Definição: É uma reunião de representantes da igreja, cujo objetivo é deliberar acercar da: FE, DOUTRINA, COSTUMES, e DISCIPLINA ECLESIÁSTICA.
2. Os concílios do Antigo Testamento:
· Ex. 4.29-30: Após o chamado de Moises, no seu regresso ao Egito ele convoca os anciãos pra uma reunião, convenção, concilio.
· 2 Cr. 34.29-33: Rei Josias, grande reformado religioso de sua época. 628 a.c.
· Ed. 10.14: Esdras após o cativeiro babilônico começa a reforma religiosa.
· Ez. 8.1: Ezequiel, mediante o pecado de Jerusalém deus o leva em uma visão pra ver a santidade do céus e terra.
3. Os concílios do Novo Testamento:
· 1º Concilio: Foi na escola de Matias o substituto de Judas.
· 2º Concilio: Na Instituição dos Diáconos
· 3º Concilio: Sobre a questões dos judaizantes (nossa lição)
II – A IMPORTANCIA DO CONCÍLIO DE JERUSALEM:
A igreja estava diante de um dos momentos mais delicado de sua época, a igreja como corpo estava banhada por algumas correntes de doutrinas, os que defendiam que os Gentios deveriam observar a circuncisão entre outros costumes judaicos e por outro lado os que defendiam que os gentios não era obrigados a isso.
1. Convocação: Paulo e Barnabé retornam da primeira viagem missionária com relatórios exuberantes. Muitas comunidades cristãs foram estabelecidas em diversas cidades, incluindo alguns grandes centros cosmopolitas. Tais relatos produziram duas reações conflitantes: por um lado os crentes de Antioquia vibraram com entrada de um numero cada vez maior de gentios na Igreja; por outro lado, alguns dos judeus convertidos vindos da Judéia (15.1-5) sentiram-se grandemente incomodados e começaram a ensinar que os convertidos gentios deveriam se submeter à circuncisão e aos ritos judaicos prescritos na Lei de Moisés.
· Paulo reage e convoca o apostolado para tomar decisões acerca do problema.
2. Presidência: Pedro estava como representante da classe judaica
· At. 15.7-11: Pedro diz - uma vez que os gentios receberam o mesmo Espírito Santo que os judeus convertidos, e declara que Deus “não fez nenhuma distinção entre nós e eles, purificando o coração deles, mediante a fé”.
· Portanto, a questão central dos convertidos, tanto dos judeus como dos gentios, não é a Lei ou a circuncisão, mas a fé em Jesus e o compromisso de vivenciar as verdades do Evangelho.
Ponto de Debate: “A salvação provida por Cristo esta subordinada aos ritos”
3. Debates: O que não era interessante neste debate:
· 1º Os Judaizantes ou praticantes do farisaísmo não poderiam ganhar questão:
· 2º Os Gentios também não poderiam ganhar a questões, pois os mesmos exerciam ações pecaminosas, ritos, ídolos etc.
4. Pronunciamento de Tiago: Ele sai em defesa dos gentios dizendo:
· Amós 9.11-12: Gr “o resto dos homens procure o Senhor com todas as nações que foram consagradas ao meu Nome”.
Explicação: A idéia aqui é que tanto o resto fiel de Israel como os convertidos das demais nações haveriam de formar um único povo de Deus. O que se cumpre no surgimento da Igreja. LER At. 15.20
III – A CARTA DE JERUSALEM:
Interação: Diante da decisão decide-se enviar as igrejas que passavam por o mesmo problema, cartas que mostraria a resposta ao questionamento aos Gentios, o conteúdo era o seguinte:
1. Da salvação pela a graça:
VS. 11 – Mas cremos que fomos salvos pela a graça do senhor Jesus, como também aqueles que foram. (Se reforça que a graça de cristo era o bastante para qualquer um)
2. Da comida sacrificada aos ídolos:
Paulo adiante expõe sobre o assunto dizendo:
· Rm 14.13-16: Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja, pois, blasfemado o vosso bem;
· l Co 8. 7-13: Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, no seu costume para com o ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada. Ora a comida não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais e, se não comemos, nada nos falta. Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.
3. Da ingestão do sangue e de carne sufocada:
SANGUE:
· A proibição de se alimentar de sangue está prevista na lei de Moisés (Lv 3.17). No entanto, ele era usado como alimento ou bebida pelos gentios.
As testemunhas de Jeová:
Explicações: Porque o sangue dessa passagem é o dos animais, e não o humano. Pois elas seriam obrigadas a admitir que a “carne sufocada” seja uma referência à carne humana.
2ª lugar: Porque nenhum preceito bíblico é nocivo à vida. Essa crença das testemunhas-de-jeová é condenada por Jesus (Mt 12.3-7).
CARNE SUFOCADA:
Lei de Moisés (Gn 9:5; 17.10-16; Dt 12.16, 23-25). Era muito comum entre os gentios, e ainda hoje, abater animais sem o derramamento de seu sangue.
4. Das relações sexuais ilícitas:
· O padrão moral deles estava muito aquém do judaico-cristão. Era grande o risco de os gentios convertidos naufragarem nessas práticas licenciosas. Havia nos templos a chamada “prostituição sagrada”.
CONCLUSÃO: Vivemos os bons costumes, porque somos salvos e não para sermos santificados. Tudo o que a consciência acusa, ou corrompe os bons costumes, ou viola a santidade e causa escândalo, é pecado.
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